Antes de abordar cada conceito, é importante deixar claro o que é fotografar.
Fotografar é registrar a luz refletida pelo assunto.
(entende-se por "assunto" o que está sendo fotografado)
Por isso, é preciso definir a quantidade de luz que passará pelo diafragma e quanto tempo essa passagem vai levar. Uma fotografia nada mais é do que o ajuste dessas variáveis a fim de se conseguir a quantidade de luz necessária e adequada para o correto registro da imagem, a chamada exposição.
Exposição é a quantidade de luz que uma imagem recebe, determinada por meio da combinação de valores de: (1) velocidade do obturador, (2) abertura do obturador e (3) sensibilidade.
Para se conseguir uma exposição correta é necessário que o balanço de valores estejam configurados de maneira adequada. A câmera considera o EV 0 (zero) como ideal (EV = exposure value).
Para entender o conceito de captura da luz pela câmera, imagine que 1 litro de água precisa passar por uma torneira para encher um recipiente com capacidade para 1 litro.
Se a torneira estiver bem aberta, a água vai passar rapidamente. No entanto, se a torneira estiver com a abertura mais estreita, vai ser preciso um tempo maior.
Para ficar mais fácil, vamos usar valores. Imagine que para o primeiro caso, seja necessário 1 segundo para encher o recipiente com a torneira totalmente aberta e, no segundo caso, pelo fato da abertura ser menor, sejam necessários 5 segundos.
Então se eu deixar a torneira totalmente aberta por 1 segundo a mais, a água vai transbordar. Ou se eu deixar a torneira pouco aberta por menos que 5 segundos, a água não irá encher o recipiente.
O mesmo acontece com a fotografia. Se deixarmos o obturador da câmera aberto por mais tempo que o necessário ou se utilizarmos uma grande abertura, a imagem vai ficar superexposta, ou seja, com muita luz. Por outro lado, se deixar o diafragma aberto por pouco tempo ou se utilizarmos uma abertura pequena, a imagem vai ficar subexposta, ou seja, escura.
Dessa forma, podemos entender duas maneiras de controlar a quantidade de luz que passa pelo obturador: pela abertura ou pela velocidade. Sabendo que uma abertura ou uma velocidade maior é utilizada quando desejamos mais luz, a pergunta seguinte seria: o que fazer? Como controlar cada uma dessas variáveis?
ABERTURA
A escolha pelo controle da abertura deve ocorrer quando a prioridade é a profunidade de campo. Aberturas grandes são necessárias para tirar de foco planos de fundo (aquelas imagens em que o fundo fica borrado) enquanto que aberturas pequenas são usadas para aumento da profundidade de campo (fotos em que todos os planos estão em foco).
VELOCIDADE
Velocidades mais baixas são usadas quando deseja-se obter efeito de movimento (aquela famosas fotos de carros em que as luzes formam riscos). enquanto que velocidades mais rápidas congelam o movimento.
É importante mencionar, no entanto, que velocidades baixas vão exigir o apoio da câmera, seja pelo uso de um tripé ou outro tipo de suporte.
SENSIBILIDADE
A sensibilidade também funciona de forma semelhante. Quanto maior a sensibilidade (ou o ISO), mais luz será captada. ISOs altos são recomendados para lugares onde há pouca luz. Por outro lado, o uso de ISO alto acarreta no que é chamado de noise ou ruído, aqueles pontos que prejudicam a nitidez da foto.
Recomenda-se então utilizar um ISO alto somente em situações em que não é possível apoiar a câmera para obter uma velocidade menor.
Fonte: adaptado de Guilherme Cerqueira de Souza e do livro "O novo manual da fotografia". John Hedgecoe. Editora Senac.
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